O seguro de vida é uma maneira de fornecer apoio financeiro aos entes queridos após a morte. Ao abrir uma apólice de seguro de vida, você pagará um valor mensal ou anual em troca de cobertura.
Conheça as particularidades do seguro contratado
Enquanto essa apólice estiver ativa, quando você morrer a companhia de seguros pagará uma quantia, também conhecida como benefício por morte, aos beneficiários da apólice.
Embora muitas apólices de seguro de vida funcionem da mesma maneira, cada seguradora tem particularidades significativas que definem melhor como elas funcionam. Essas diferenças podem incluir quanto tempo dura a cobertura, se a apólice inclui um componente de investimento e se você pode ou não acessar fundos antes de sua morte.
Compreender essas diferenças pode ajudá-lo a selecionar a melhor política para suas necessidades.
O que o seguro de vida não cobre?
O seguro de vida cobre a maioria das causas de morte, incluindo causas naturais e acidentais, suicídio e homicídio. No entanto, algumas ressalvas podem impedir que seus beneficiários recebam o benefício por morte.
No geral, há duas razões comuns pelas quais uma seguradora pode negar uma reivindicação de seguro de vida: a falta de pagamento ou deturpação da saúde do segurado.
Se o segurado deturpar ou omitir informações sobre sua saúde, as seguradoras podem negar uma reclamação. Isso é particularmente verdade durante o período de contestabilidade, que normalmente é uma janela de dois anos após o início da política.
Além dessas causas comuns, uma seguradora pode negar uma reclamação com base nas circunstâncias da morte. Por exemplo, se um segurado morre por homicídio, a seguradora provavelmente negará um pedido se o beneficiário for responsável ou envolvido na morte da vítima.
As apólices de seguro de vida também incluem frequentemente o que é conhecido como cláusula de suicídio, que anula a cobertura se o segurado morrer por suicídio dentro de um período específico, geralmente dois anos, após a abertura de uma apólice.
Finalmente, alguns provedores de seguros negarão sinistros se o segurado morrer enquanto estiver envolvido em uma atividade de alto risco, como paraquedismo, no momento da morte.
Como tal, é importante discutir as limitações de cobertura com seu agente ou corretor de seguros de vida antes de comprar uma apólice.
O que levar em conta para estipular o valor final?
É muito comum que as pessoas não saibam calcular o valor ideal para que sua família seja atendida por um tempo em caso de morte. Isso é muito comum já que vários fatores são avaliados para se chegar ao resultado final.
Assim como a seguradora, o ideal é que você faça uma análise do seu custo de vida. Para isso, você deve levar em conta:
Despesas
Coloque na ponta do lápis (ou em uma planilha, para os mais moderninhos) todas as despesas fixas que você e todos os moradores da casa tem hoje, por exemplo:
- Mensalidade da escola;
- Mensalidade de cursos;
- Todos os custos envolvendo veículos (parcelas, seguro, manutenção);
- Farmácia (em caso de medicação controlada);
- Planos de saúde
- Aluguel ou prestação de imóvel;
- Dívidas;
- Financiamentos e tudo mais que você paga mensalmente.
Coloque também, um valor aproximado dos gastos variáveis que vocês costumam ter no mês: lazer, pets, alimentação, etc. Feito isso, some os valores das despesas fixas e das variáveis e pense por quanto tempo você gostaria que sua família fosse mantida por esse valor em caso de morte.
Geralmente as apólices são de 1 ou de 5 anos, mas cada seguradora tem seu tempo especificado em contrato e o segurado escolhe o que mais lhe couber.
Neste exemplo vamos supor que as somas acima tenham dado o valor de 8 mil reais e o tempo determinado que o segurado quer que sua família seja coberta é de 5 anos.
Renda
Agora descreva a renda total recebida por essa família hoje. Vamos supor que a família seja de um casal e 1 filho de 13 anos, por ser menor de idade o filho ainda não trabalha mas daqui a 5 anos ele já poderá trabalhar e contribuir financeiramente.
A renda do pai hoje é de 8 mil reais e da mãe 4 mil reais por mês, totalizando 12 mil reais mensais.
Bens
Anote também todo o patrimônio que vocês possuem como imóveis, automóveis, objetos de valor e investimentos. Vamos estipular que nosso casal acima tenha um apartamento próprio que vale 300 mil reais e 50 mil em investimentos.
Honorários
Se você é uma pessoa de muitos bens, vai ter que contratar um advogado para calcular o preço de um inventário incluindo os impostos e obviamente terá que pagar os custos do advogado.
Como calcular o valor do seguro de vida por morte
A conta final ficará mais ou menos assim como o exemplo abaixo, você vai somar:
Despesas (R$ 8 mil x 12 meses x 5 anos) = R$ 480 mil
Inventário = R$ 17,5 mil
Honorários = R$ 21 mil
Total = R$ 518,5 mil
Dos 518 mil subtraia:
Renda que sobrou (R$ 4 mil x 12 meses x 5 anos) = R$ 240 mil
Investimentos = R$ 50 mil
Total = R$ 228,5 mil.
Chegamos a conclusão de que o valor mínimo que seus familiares precisariam receber para se manter pelos próximos 5 anos em caso de morte, seria de 228 mil reais. Então, o valor da apólice que será preciso pagar tem que cobrir no mínimo esse valor.
Um outro exemplo bem básico seria a de um casal com 1 filho onde apenas o esposo trabalha e a renda mensal é de aproximadamente R$ 2400,00.
Em caso de morte o valor mínimo para que essa família consiga se manter pelos próximos 5 anos seria de 91 mil reais, claro que todos os pontos acima devem ser avaliados minuciosamente.
Deu para perceber que seguro de vida não é um luxo, e sim, uma precaução para aqueles que se importam em deixar seus entes queridos amparados financeiramente em casos de morte do personagem principal pelo sustento da família, você.
Achou que deveria pelo menos consultar os valores de um seguro de vida? Fazer uma simulação apenas por curiosidade ou porque o artigo te deixou com uma ponta de esperança de cuidado caso algo de ruim lhe aconteça?
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